sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Grande Guerra, 1916 - O ano da viragem

Grande Guerra, 1916 - O ano da viragem


Evocações do Centenário da I Guerra Mundial - Manobras de Tancos Em 1914, e em resultado do empenho português em respeitar a aliança com o Reino Unido, foi decidido formar uma unidade para poder intervir na guerra, a Divisão Auxiliar, unidade que mesmo antes de estar formada, foi desmobilizada pelo governo anti intervencionista do General Pimenta de Castro. Após o derrube deste governo, em 14 de Maio de 1915, foram retomados os trabalhos no sentido de formar uma Divisão de Instrução, embrião do futuro Corpo Expedicionário Português, muito devido ao empenho do Partido Democrático e do seu chefe, Afonso Costa.
 Assim, a partir de finais de Abril de 1916, e graças ao esforço do Ministro da Guerra, Norton de Matos, 20.000 homens das unidades constituintes desta Divisão começaram a concentrar-se em Tancos, naquilo que ficou conhecido como “Manobras de Tancos”.
O efetivo ficou alojado em tendas, no que ficou conhecido como “Cidade de Paulona” – pau e lona. Ao longo de cerca de três meses, executaram-se exercícios táticos, de fogos e de organização do terreno, treino militar este que não foi isento de lacunas e insuficiências, e que viriam a tornar-se visíveis em operações. Porém, o esforço de concentração do efetivo foi tal que ficou conhecido como o “Milagre de Tancos”.
 Estes exercícios foram muito documentados pela imprensa da época e, para finalizar, foi feita uma grande revista em Montalvo, com a presença do Presidente da República, do Governo, do Corpo Diplomático e de outras individualidades, numa grande ação de propaganda do regime.

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