terça-feira, 31 de agosto de 2010

ESTRATÉGIAS

• Elaborar e/ou analisar/Explorar Documentos escritos, mapas, gráficos e tabelas cronológicas;
• Analisar fontes históricas diversificadas (iconográficas, cartas, textos político-jurídicos, plantas de núcleos urbanos, etc.);
• Utilizar meios multimédia diversificados sobre a época em estudo;
• No final de cada unidade elaborar um glossário de conceitos/noções;
• Material nos blogues de História do professor;
• Sensibilizar para a pertinência do teste intermédio.

NUMERAÇÃO ROMANA


Como funcionava o sistema de numeração Romana?
As 7 letras que os Romanos utilizavam como numerais são:


1:I
5:V
10:X
50:L
100:C
500:D
1000:M

Repetindo cada símbolo duas ou três vezes (nunca mais que três) o número fica duas ou três vezes maior: Os símbolos V, L e D não se repetem.
2:II
3:III
20:XX
30:XXX
200CC
300CCC
2000MM
3000MMM

As letras I, X ou C colocam-se à esquerda de outras de maior valor para representar a diferença deles, obedecendo às seguintes regras:
I só se coloca à esquerda de V ou de X;
X só se coloca à esquerda de L ou de C;
C só se coloca à esquerda de D ou de M;


Se a um símbolo colocarmos à sua direita um símbolo de menor valor, este último símbolo soma o seu valor ao valor do outro. Assim:
6:VI (5+1)
12:XII (10+2)
53:LIII (50+3)
110:CX (100+10)


Se a um símbolo colocarmos à sua esquerda um símbolo de menor valor, este símbolo diminui o seu valor ao valor do outro:
4:IV (5-1)
9:IX (10-1)
40:XL (50-10)
90:XC (100-10)
400: CD (500-100)
900:CM (1000-100)


Cada barra sobreposta a uma letra ou a um grupo de letras multiplica o seu valor por mil:
_
V:5000
_
XV
:15000

_ _
IV: 4000000
_
L:50000


FICHA DE TRABALHO

1.Representa em numeração Romana os números da tabela:
49
64
99
4444
12453
8008008

2.Representa em numeração Árabe os números da tabela:
CCCL
CCXX
DCCV
CCCLIX
MCLXII
CMXLIV

3.Completa as frases com a data em numeração Romana:
Portugal tornou-se um reino independente em_____ . (1143);
Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões foram publicados a primeira vez em_____ . (1572);
Em Portugal, a República substituiu a Monarquia em_____ . (1910);
O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em ______ . (1888);
O "25 de Abril" deu-se em______ . (1974)

Um desafio...
Quantos números se podem representar, no sistema de numeração romano, utilizando exactamente três fósforos?

Uma Curiosidade...
Os Romanos, frequentemente, escreviam IIII (4) em vez de IV. Isto, ainda hoje, pode observar-se nas esferas de alguns relógios. A numeração romana usou-se na numeração de livros nos países europeus até ao século XVIII.

Soluções:
Numeração Romana:
1.
XLIX
LXIV
XCIX
IVCDXLIV
XIICDLIII
VIIIVIII
2.
350
220
705
359
1162
944
3. As datas são as seguintes:
MCXLIII; MDLXXII; MCMX; MDCCCLXXXVIII; MCMLXXIV.
Resposta ao desafio:
As hipóteses possíveis são: III, VI, IV, IX, XI, LI, C(sem ser curvo), V , L e X. Ou seja, são dez hipóteses!

APRENDER A LINGUAGEM DO TEMPO HISTÓRICO

A Cronologia é a ciência do tempo, que se ocupa a ordenar e datar os acontecimentos. Desde cedo, os Homens arranjaram marcos a partir dos quais faziam a contagem dos anos. Assim nasceram as Eras.
Hoje, o mundo rege-se pela Era Cristã, mas nem sempre foi assim, como podes ver na tabela
ERA
…das Olimpíadas
…da fundação de Roma
…de César ou Hispânica (1)
…de Cristo (2)
…de Maomé
ACONTECIMENTO ESCOLHIDO PARA O INÍCIO DA CONTAGEM
Primeiros Jogos Olímpicos
Fundação de Roma
Conquista definitiva da Península Ibérica pelos Romanos
Nascimento de Cristo
Hégira (fuga de Maomé de Meca para Medina)
ANO DO INÍCIO DA CONTAGEM
776 a.C.
753 a.C.
38 a.C.
1 d.C.
622 d.C
1 – A Era de César ou Hispânica foi usada em Portugal até 1422 (Reinado de D. João I).
2 – A era universalmente adoptada: Era Cristã.
BARRA CRONOLÓGICA
PRÉ-HISTÓRIA
Antes da invenção da escrita:
IDADE DA PEDRA
PALEOLÍTICO: Do aparecimento do Homem à invenção da agricultura.
NEOLÍTICO: Da invenção da agricultura à invenção da escrita.
HISTÓRIA
Depois da invenção da escrita:
IDADE ANTIGA: Do 4.º milénio a.C. (invenção da escrita) a 476 d.C. (queda do Império Romano do Ocidente).
CIVILIZAÇÕES PRÉ-CLÁSSICAS: Do 4.º milénio a.C. (invenção da escrita) ao início do século V a.C. (apogeu grego).
CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS: Do século V a.C. a 476 d.C. (civilizações grega e romana).
IDADE MÉDIA: De 476 d.C. a 1453 d.C. (queda do Império Romano do Oriente – Império Bizantino).
IDADE MODERNA: De 1453 a 1789 (início da Revolução Francesa)
IDADE CONTEMPORÂNEA: De 1789 aos nossos dias.
A CONTAGEM DO TEMPO
A contagem do tempo é feita em função da data do nascimento de Cristo (Era Cristã). Se um facto ocorreu antes, acrescentamos à frente da data a sigla a.C.; se aconteceu depois, não precisamos de acrescentar a sigla d.C. (embora nada nos proíba de o fazer).
Antes de Cristo (a.C.) Depois de Cristo (d.C.)
ANOS: 400 a.C. 300 a.C. 200 a.C. 100 a.C. 1 a.C._ Nascimento de Cristo_1 100 200 300 400
SÉCULOS: IV a.C III a.C. II a.C I a.C. I II III IV
Podemos, também, agrupar os anos em conjuntos, como nos seguintes exemplos:
DESIGNAÇÃO / Nº DE ANOS
Um lustro / 5
Uma década / 10
Um século / 100
Um milénio / 1000
CONVERSÃO DE SÉCULOS EM ANOS E ANOS EM SÉCULOS
Quando começa e quando termina um século? Eis alguns exemplos para perceberes:
Século I : Do ano 1 até ao fim do ano 100
Século II: Do ano 101 até ao fim do ano 200
Século XI: Do ano 1001 até ao fim do ano 1100
Século XVI: Do ano 1501 até ao fim do ano 1600
Século XX: Do ano 1901 até ao fim do ano 2000
Século XXI: Do ano 2001 até ao fim do ano 2100
Quando uma data termina em dois zeros, o número das centenas indica o século
Assim: O ANO PERTENCE AO:
100 : Século I
1000: Século X
1100: Século XI
2000: Século XX
Quando uma data não termina em zeros, soma-se uma unidade (1) ao número das centenas:
Assim:O ANO PERTENCE AO:
044 a.C Século I a.C. (0 + 1 = 1) (as datas antes de Cristo são sempre assinaladas com a sigla a.C.)
014 Século I (0 + 1 = 1) (as datas depois de Cristo não precisam de ser assinaladas com a sigla d.C.)
476 Século V (4 + 1 = 5)
1998 Século XX (19 + 1 = 20)
2008 Século XXI (20 + 1 = 21)

ESPAÇO: REPRESENTAÇÕES DA TERRA

A Terra e o sistema solar
A Terra é o 5º maior planeta do sistema solar e o terceiro a partir do Sol.
Tem forma esférica, ligeiramente achatada nos pólos. Vista do espaço tem uma cor azulada devido à enorme massa de água que a cobre. Tem um satélite natural, a Lua.
Também a Terra tem a sua História.
Ter-se-á formado há cerca de 4,65 biliões de anos!
Inicialmente existiria apenas um único oceano - Pantalassa - que rodearia todas as terras. Estas constituíam um único continente - a Pangeia. Mas poderosos movimentos internos, que ainda hoje ocorrem, foram provocando fracturas e mudanças de posição da superfície terrestre.
Assim, foram-se formando os continentes e oceanos tal como os conhecemos hoje (que não estão fixos, continuam a mover-se...).
Os continentes são seis e ocupam cerca de 1/4 da sua superfície: Europa, Ásia, África, América, Oceania e Antárctida.
Os Oceanos são cinco e ocupam cerca de 3/4 da sua superfície: Atlântico, Pacífico, Índico, Glaciar Árctico e Glaciar Antárctico.
CONTINENTES

A ÁSIA
A Ásia é o maior continente, com 44.936.000 km², representando cerca de um terço da área total dos continentes.
É também o mais populoso com 3,4 biliões de habitantes (dados de 1990), cerca de 3/5 da população mundial.
É na Ásia que se situa a maior elevação do mundo, o Monte Everest, nos Himalaias, com 8850 metros.
Alguns geógrafos preferem considerar a Ásia e a Europa um só continente: a Eurasia.
A AMÉRICA
Se considerado um só continente, é o 2º maior. É formado pela América do Norte, Central e do Sul. Estende-se desde o Oceano Glacial Árctico ao Oceano Glacial Antárctico.
América do Norte e Central: 23.500.000 km², com cerca de 360 milhões de habitantes (dados de 1991).
América do Sul: 17.819.100 km², com cerca de 304 milhões de habitantes (dados de 1990), representando cerca de 6% da população mundial.
É na América do Sul que se situa a maior floresta do mundo, a Amazónia, e o maior rio em área, o Amazonas. Cerca de metade do solo da América do Norte é arável. É a região mais produtiva do mundo. A região ocidental da América do Sul é dominada pela cordilheira dos Andes.
A ÁFRICA
É o 3º maior continente (22% da área total dos  continentes), com 30 330 000 Km². Tem uma costa pouco recortada e situa-se quase todo na zona Tórrida, sendo por isso o mais quente. É em África que se situa o maior deserto do mundo, o Saara, e o mais comprido rio, o Nilo. Apenas 6% do deu solo é arável mas possui as maiores riquezas minerais que há no mundo.
Em 1990 tinha 627 milhões de habitantes, o que correspondia a 12% da população mundial.
O seu ponto mais elevado é o Kilimanjaro com 5.895 metros de altitude.
A EUROPA
Com 10.530.000 km², é quatro vezes menor do que a Ásia, continente a que está unida.
É o mais densamente povoado.
Apresenta uma costa muito recortada, com vários mares e penínsulas.
A OCEANIA
A Oceania é um continente que compreende a Austrália, a Nova Zelândia e inúmeras ilhas do Pacífico e Índico (mais de 10000).
Tem uma área de cerca de 9.000.000 km² e é o mais pequeno continente.
Está situada entre o Oceano Índico e o Oceano Pacífico. A Oceania é o mais pequeno continente e é pouco povoado.
A ANTÁRCTIDA
A Antárctida está permanentemente coberta de gelo (em mais de 95% da sua superfície), com uma espessura média de 2000 metros. Por essa razão não tem população nativa, sendo apenas habitada pelos técnicos das estações de pesquisa científica.
Neste continente os ventos atingem a velocidade de 300 km por hora. Nele vivem pinguins que se alimentam do que apanham no mar. Possuem penas espessas e uma camada de óleo sob a pele que os mantém quentes.
Situa-se quase todo a sul do Círculo Polar Antárctico, rodeando o Pólo Sul.
No Verão tem uma superfície de 14.200.000 Km², extensão que duplica no Inverno.



COMO REPRESENTAR O NOSSO PLANETA...

Sabes indicar quais são os cinco oceanos e os seis continentes?

Globo Terrestre
Globo Terrestre
O globo terrestre é a melhor forma de representar a Terra pois tem uma forma muito semelhante a ela - é como se a olhássemos de longe.
Mas tem alguns inconvenientes: não é fácil de transportar e não mostra a superfície terrestre em pormenor.
Mapas e Planisfério
Pelo contrário, os mapas, apesar de deformarem a forma real da Terra, porque a representam de forma plana, permitem-nos localizar os diferentes locais mais em pormenor.
Ao mapa que representa toda a superfície terrestre dá-se o nome de planisfério.
São elementos integrantes de um mapa a escala e a legenda.
Paralelos
Para melhor estudar a superfície terrestre, dividimo-la em linhas imaginárias:
O eixo da Terra, em torno da qual faz o seu movimento de rotação, e que a intersecta nos pólos (Norte e Sul).
O Equador que divide a Terra em dois Hemisférios, o Norte e o Sul.
Os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, linhas paralelas ao Equador, que separam as zonas temperadas da zona quente.
Os Círculos Polares Árctico e Antárctico, também paralelos ao Equador, que separam as zonas temperadas das frias.
Os Meridianos
Os Meridianos são linhas perpendiculares ao Equador.
Os fusos horários são estabelecidos com base neles.
Em Portugal regulamo-nos pelo Meridiano de Greenwich.
Rosa-dos-Ventos
Rosa-dos-Ventos
  (A direcção O - Oeste - pode vir indicada com W, do inglês West.)
Pontos cardeais
N - Norte ou Setentrião
S - Sul ou Meridião
E - Este, Leste ou Oriente
O - Oeste ou Ocidente
Pontos colaterais NE - Nordeste
NO - Noroeste
SE - Sudeste
SO - Sudoeste
A Rosa-dos-Ventos é um esquema em forma de estrela que representa as diferentes direcções dos pontos cardeais e dos pontos colaterais. Todos os mapas devem conter, pelo menos, a indicação de Norte.
Antigos mapas portugueses tinham a indicação de Este ou Oriente mais destacada devido ao domínio português nessa zona.
Em orientação, um dos aparelhos mais usados é a Bússola. A sua agulha, por magnetismo, indica sempre o Norte (magnético).

ESPAÇO: MAPAS

1. Introdução
A importância da exploração e construção de mapas na aula de História
Os mapas devem estar presentes na aula de História, pois sem eles a interacção dialéctica entre o Homem e o espaço perde significado. Há uma melhor compreensão do espaço onde decorrem os acontecimentos quando este se faz representar por mapas.
2. Classificação dos mapas
Podemos classificar mapas segundo dois princípios:
  • conforme os espaços que representam
  • conforme os conteúdos ou assuntos a que se referem
Isto significa que podemos ter vários mapas que representam o mesmo espaço, mas cada um deles nos dar informações diferentes sobre o que lá existe ou acontece.
Tipos de mapas:
  • Mapa-Mundo ou Planisfério - representa toda a Terra.
  • Mapa Geral - representa um ou mais continentes.
  • Mapa Particular - representa uma nação ou grande região. É útil para observar áreas com grande pormenor.
  • Mapa Físico - refere aspectos físicos, como relevo, hidrografia, clima, vegetação.
  • Mapa Humano - refere a densidade populacional, a separação dos países, o tipo de povoamento, a distribuição das raças de pessoas.
  • Mapa Económico - pode representar a distribuição e criação de animais, as culturas agrícolas, os recursos minerais ou piscatórios, as zonas industriais.
3. Exploração de Mapas - Elementos a ter em conta e sua etapas:
- 1ª Etapa - Observação do mapa
  • Título - indica-nos o conteúdo geral do mapa.
  • Escala - permite-nos comparar as distâncias do mapa com as distâncias reais.
  • Legenda - permite-nos fazer a leitura do mapa através de sinais (cores, símbolos).
  • Identificação das áreas geográficas - identificação de continentes, oceanos, países, localidades, rios, relevo, através da qual podemos relacionar os factos ou realidades históricas entre si e concluir sobre a importância de determinadas áreas geográficas.
- 2ª Etapa - Interpretação do mapa
Depois da identificação das áreas geográficas consegue-se compreender que estas têm a ver com o conteúdo indicado pelo título e perceber todas as informações que podemos retirar do mapa. Ainda compreender o significado dos sinais da legenda e perceber o modo como estão distribuídos no mapa ou as quantidades que querem representar.
- 3ª Etapa - Aquisição de novos saberes
Através do mapa o aluno pode tentar encontrar o motivo pelo qual as informações recolhidas acontecem naquele local ou que relação têm com outros conhecimentos que o aluno já possua desse mesmo local. Desta forma, o mapa pode ser um contributo para aquisição de novos saberes.

ESPAÇO: CARTOGRAFIA-MAPAS

CARTOGRAFIA (MAPAS)
Noções básicas
A cartografia — a técnica e a arte de produzir mapas — é a linguagem da Geografia. Mapas físicos, políticos e temáticos revelam os aspectos visíveis da paisagem ou as fronteiras políticas, espelham projectos de desenvolvimento regional ou contribuem para organizar operações militares.
As tentativas de cartografar o espaço geográfico remontam aos povos antigos, que já registavam elementos da paisagem e fixavam pontos de referência para seus deslocamentos e expedições. A cartografia se desenvolveu paralelamente ao comércio e à guerra, acompanhando a aventura da humanidade.
Actualmente, a produção de mapas emprega técnicas sofisticadas, baseadas nas fotografias aéreas e em imagens obtidas por satélites de sensorialmente remoto. Mapas são fontes de saber e de poder.
Os mapas e cartas geográficas correspondem a instrumentos fundamentais da linguagem e da análise geográficas. Eles têm uma função primordial: conhecimento, domínio e controle de um determinado território. Por isso, são fonte de informações que interessam a quem tem poder político e económico.
Elementos principais de um mapa
Todo bom mapa deve conter quatro elementos principais: título, escala, coordenadas geográficas e legenda. Esses elementos asseguram a leitura e a interpretação precisas das informações nele contidas.
TÍTULO
Descreve a informação principal que o mapa contém.
Um mapa com o título “Brasil físico” deve trazer o nome e a localização dos principais acidentes do relevo, assim como os principais rios que cortam o país. Já um mapa com o título “Brasil político” necessariamente terá a localização e o nome das unidades federativas, assim como as suas respectivas capitais e, eventualmente, outras cidades principais.
Outras informações que esses mapas porventura contiverem, como as principais cidades num mapa físico ou os rios mais importantes num mapa político, são consideradas secundárias e, portanto, não devem ser sugeridas no título.
ESCALA
Indica a proporção entre o objecto real (o mundo ou uma parte dele) e sua representação cartográfica, ou seja, quantas vezes o tamanho real teve de ser reduzido para poder ser representado.
Consideremos o seguinte exemplo: um mapa na escala 1:10.000.000 indica que o espaço representado foi reduzido de forma que 1 centímetro no mapa corresponde a 10 milhões de centímetros ou 100 quilómetros do tamanho real.
Deve-se estabelecer a escala de um mapa antes de sua elaboração, levando-se em conta os objectivos de sua utilização. Quanto maior for o espaço representado, mais genéricas serão as informações. Em contrapartida, quanto mais reduzido o espaço representado, mais particularizadas serão as informações.
Mapas em diferentes escalas servem para diferentes tipos de necessidades:
Escalas númericas
• mapas em pequena escala (como 1:25.000.000) proporcionam uma visão geral de um grande espaço, como um país ou um continente;
• mapas em grande escala (como 1:10.000) fornecem detalhes de um espaço geográfico de dimensões regionais ou locais.
Por exemplo, em um mapa do Brasil na escala 1:25.000.000, qualquer capital de estado será representada apenas por um ponto, ao passo que num mapa 1:10.000 aparecerão detalhes do sítio urbano de qualquer cidade.
A representação das escalas cartográficas que usamos até agora é a numérica. Porém, existe uma outra forma de representar a escala: a forma gráfica.
A escala gráfica
aparece sob a forma de uma recta dividida em várias partes, cada uma delas com uma graduação de distâncias. A sua utilidade é a mesma da escala numérica.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
São linhas imaginárias traçadas sobre os mapas, essenciais para a localização de um ponto na superfície terrestre. Essa localização é o resultado do encontro de um paralelo e sua respectivalatitude (o afastamento, medido em graus, do paralelo em relação ao Equador) e de um meridiano e sua respectiva longitude (o afastamento, medido em graus, do meridiano em relação ao meridiano principal ou de Greenwich).
LEGENDAS
Permitem interpretar as informações contidas no mapa, desde a constatação da existência de um determinado fenómeno até os diferentes graus de intensidade em que ele se apresenta.
As legendas podem vir representadas por cores, símbolos ou ícones de diversos tipos, ou utilizar combinações dessas várias representações.
No uso de legenda com cores, é necessário seguir algumas regras determinadas pelas convenções cartográficas. O azul, por exemplo, presta-se para a representação de fenómenos ligados à água, como oceanos, mares, lagos, rios.
Na representação de um fenómeno com várias intensidades, a graduação da cor utilizada deve manter relação directa com a intensidade do fenómeno. Assim, num mapa de densidades demográficas, as maiores densidades são representadas por uma cor ou tonalidade mais forte do que as menores densidades.
Ao produzir representações cartográficas de fenómenos da natureza, as cores também podem sugerir as características do fenómeno. Em geral, os mapas climáticos utilizam as cores “quentes” (alaranjado, vermelho) para representar climas “quentes” (tropical, equatorial, desértico), ficando as cores “frias” reservadas aos climas mais frios.
Similarmente, os mapas de vegetação representam as florestas tropicais por meio de várias tonalidades de verde. Já nos mapas de relevo, a cor verde deve ser reservada para as planícies, bacias ou depressões, enquanto o amarelo é utilizado para os planaltos e o castanho, para as áreas mais elevadas, como as cadeias montanhosas.
A leitura de mapas
Ler mapas é um processo de descodificação, que envolve algumas etapas metodológicas básicas.
Inicia-se a leitura pela observação do título. Temos de saber, inicialmente, qual é o espaço representado, seus limites e as informações constantes no mapa.
Depois, é preciso interpretar a legenda ou a descodificação propriamente dita, relacionar os significantes e significados espalhados no mapa. Só então será possível reflectir sobre aquela distribuição e/ou organização.
Deve-se observar também a escala (gráfica ou numérica) indicada no mapa para posterior cálculo das distâncias ou das dimensões do fenómeno representado, a fim de se estabelecer comparações ou interpretações.
O EQUADOR
é um círculo máximo perpendicular ao Eixo da Terra [Eixo da Terra é alinha dos pólos «PN-PS» e que passa pelo centro da Terra] dividindo a terra em duas partes iguais, o hemisfério Norte e o hemisfério Sul.
PARALELOS
são todos os círculos menores, simultaneamente perpendiculares ao Eixo da Terra e paralelos ao Equador.
Para cada lugar da Terra passa um paralelo chamado
PARALELO DE LUGAR.
LATITUDE
é a distância, medida em graus, entre o equador e o paralelo que passa pelo lugar considerado.O valor da latitude varia entre 0º (no equador) e 90º nos pólos.
Ficha Informativa - Como Ler Um Mapa

O ESPAÇO E O TEMPO HISTÓRICO

A História é uma ciência do Homem e para o Homem, tratando o seu percurso e realizações desde a Pré-História até ao dia de ontem. Estuda o Homem no tempo, portanto, mas também no espaço, que é assim o espaço histórico. Este pode-se definir como a porção do planeta onde se desenvolvem as actividades do homem no seu quotidiano. Inserido no conjunto das suas actividades ao longo de um período de tempo maior ou menor, ganha a dimensão histórica, não apenas de forma isolada mas também em relação com outras áreas. Portugal é um espaço histórico, porque definido por um povo que ao longo da história se definiu enquanto tal e que concebeu o conjunto dos territórios onde habitam as suas comunidades de uma forma relacionada e uniforme, onde o tempo histórico se desenvolve de forma homogénea e de acordo com os padrões de civilização e desenvolvimento que o mesmo povo consolidou nesse espaço.
Estreitamente ligado ao conceito de espaço histórico encontram-se os componentes políticos que caracterizaram e caracterizam ainda as diferentes sociedades. Remonta este conceito organizacional de opostos, traduzido nas expressões comummente utilizadas de esquerda(conotada com a liberdade enraizada naquilo que era mais profundo e intrínseco ao Homem) e de direita (de cariz mais racionalista e tendente à autocracia ou centralização), presumivelmente à Revolução Francesa, uma vez que tal era a disposição dos grupos na Assembleia. Por outro lado, deparamos com o denominado espaço vital, que deriva do germânico lebensraum e designa uma noção espacial (geográfica e ambiental) flexível e estreitamente interligada à cultura de um país e/ou povo. Esta noção necessita de um âmbito, que não abrange somente a terra de cada país mas também o espaço aquático, quando tal se justifica. Assim se enquadram as expansões, conquistas e aculturações que se verificaram ao longo da História da Humanidade, sendo que vários povos consideraram as fronteiras que possuíam ou lhes eram impostas demasiado limitativas, além de muitas vezes se verem obrigados a aumentar o seu território devido ao aumento demográfico.
Preconizador do conceito espacial no seio da História, Fernand Braudel defendia que a História se define não só pela relação entre diversos espaços como pelas características dos mesmos, que variam consoante os homens que os estruturam e neles vivem. Conceito, portanto, orgânico, verificamos que se opõe, de certa forma e na maioria do mundo habitado do século XXI, à ideia de longa duração ou tempo longo. As necessidades que se sucedem a um ritmo vertiginoso provocam outras tantas alterações espaciais, frequentemente avassaladoras e sem nexo nem lógica. Contudo, aplica-se a noção de espaço a todas as épocas de vivência humana, em que os acontecimentos nem sempre se sucederam com o ritmo que hoje se verifica. Braudel defende, por conseguinte, um pacto que engendre uma solução combinada entre o passado e o futuro.

O tempo histórico (também chamado a "ciência dos homens no tempo") compreende uma série de níveis e noções que contribuem para a sua formação. São eles a estrutura (que é permanente e inalterável, situando-se no tempo longo e aplicando-se a âmbitos como o cultural, geográfico, social, económico, político, ecológico e psicológico, entre outros), a conjuntura (por natureza cíclica, que se integra no tempo de média duração entre a estrutura e o evento, e consta de oscilações de maior ou menor dimensão em áreas como a cultural, a económica, a social e a política) e o evento (nível que se localiza no tempo curto e corresponde a uma ocorrência singular, excepcional e passageira que parece independente de outras ocorrências e indica mudança). Fernand Braudel historiador francês que viveu entre os anos de 1902 e 1985, desenvolveu uma série de noções temporais que se tornaram basilares no estudo da História, como foi o caso do chamado tempo curto - que compreende os acontecimentos de breve duração como as ocorrências casuais, a história de eventos, da vida quotidiana e individual - do tempo cíclico, de rápida cadência e localização intermédia entre o tempo curto e o longo, que abrange as correntes e retrocessos no âmbito material e os ciclos económicos (entre outros) na história conjuntural - e do tempo longo ou longa duração. Este último conceito abarca a história estrutural, que contém componentes caracterizadas pela sua estabilidade e longevidade e que por estas mesmas razões não são de percepção directa e imediata, ou seja, podem passar desapercebidos na fase de percepção, necessitando da ajuda de fontes de cariz diverso. O tempo, por natureza contínuo, compreende uma série infinita de mudanças, que funcionam como renovação e quebra desta mesma continuidade. A interacção entre estes dois factores forma a estrutura daquilo a que se chama tempo histórico.

HISTÓRIA: COMPETÊNCIAS

COMPETÊNCIAS
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO / UTILIZAÇÃO DE FONTES
· Interpreta documentos de natureza diversa e com mensagens diversificadas;
· Utiliza conceitos históricos a partir da interpretação e da análise de fontes (textos, imagens,
mapas e plantas, tabelas cronológicas, gráficos e quadros).
COMPREENSÃO HISTÓRICA
Temporalidade
· Identifica e caracteriza fases principais da evolução histórica e grandes momentos de ruptura;
· Localiza no tempo eventos e processos e distingue ritmos de evolução.
Espacialidade
· Localiza no espaço diferentes aspectos das sociedades humanas em evolução e interacção;
· Estabelece relações entre a organização do espaço e os condicionalismos físico-naturais.
Contextualização
· Distingue, numa dada realidade, os aspectos de ordem demográfica, económica, social,
política e cultural e estabelece conexões e inter-relações entre eles;
· Interpreta o papel dos indivíduos e dos grupos na dinâmica social;
· Reconhece a simultaneidade de diferentes valores e culturas e o carácter relativo dos valores
culturais em diferentes espaços e tempos históricos;
· Relaciona a história nacional com a história europeia e mundial, abordando a especificidade
do caso português.
COMUNICAÇÃO EM HISTÓRIA
· Produz, em função do solicitado, textos com correcção linguística, aplicando o vocabulário
específico da disciplina.

MATRIZ DO EXAME DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA

9º Ano de Escolaridade

CONTEÚDOS
TEMA B – A HERANÇA DO MEDITERRÂNEO ANTIGO
Unidade Didáctica – Os Gregos no século V a. C.
TEMA E – EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI
Unidade Didáctica – O expansionismo europeu
TEMA J – DA GRANDE DEPRESSÃO À 2ª GUERRA MUNDIAL
Unidade Didáctica – A grande crise do capitalismo nos anos 30
Unidade Didáctica – Regimes ditatoriais na Europa
Unidade Didáctica – A 2ª Guerra Mundial
TEMA K – DO SEGUNDO APÓS-GUERRA ATÉ AOS ANOS 90
Unidade Didáctica – Portugal: do autoritarismo à democracia

COMPETÊNCIAS/OBJECTIVOS
Explicar o funcionamento da democracia ateniense.
Integrar a importância da descoberta do caminho marítimo para a Índia e a descoberta do Brasil no contexto da expansão portuguesa dos séculos XV e XVI.
Explicar a crise do capitalismo dos anos 30.
Caracterizar os regimes autoritários da Europa.
Avaliar a barbárie nazi durante a 2ª Guerra Mundial

TIPO DE QUESTÕES
O Exame de Equivalência à Frequência é composto por um total de seis questões de médio desenvolvimento em que o aluno deverá responder apenas a cinco.

COTAÇÃO
5 Questões X 20% = 100%

DURAÇÃO DO EXAME
O Exame tem a duração de 90 minutos.

MATERIAL UTILIZADO
Esferográfica azul ou preta. É expressamente proibido a utilização de verniz corrector.

CRITÉRIOS DE CORRECÇÃO
Domínio das aptidões/capacidades:
- Distinguir fontes históricas do discurso historiográfico;
- Interpretar documentos de índole diversa (textos, imagens, gráficos, mapas);
- Utilizar uma correcta expressão escrita;
- Elaborar sínteses escritas a partir da informação fornecida.
Domínio dos conhecimentos:
- Compreender condições e motivações dos factos históricos;
- Distinguir, numa dada realidade, os aspectos de ordem demográfica, económica, política e cultural, estabelecendo relação entre si;
- Compreender o papel dos indivíduos e dos grupos na dinâmica social;
- Compreender a importância do desenvolvimento científico-tecnológico e dos movimentos culturais para a evolução da humanidade;
- Localizar no tempo e no espaço eventos e processos;
- Distinguir diferentes ritmos de evolução em sociedades diferentes e no interior de uma mesma sociedade;
- Relacionar a História nacional com a História universal, destacando a especificidade do caso português;
- Estabelecer relações entre o passado e o presente;
- Reconhecer a simultaneidade de valores e culturas;
- Compreender o carácter relativo dos valores em diferentes tempos históricos.

GLOSSÁRIO

Paleolítico: um termo criado no século XIX para definir o período mais antigo da História do Homem, anterior ao Neolítico. A duração deste período é de cerca de 2,5 milhões de anos, desde que surgiram os primeiros seres humanos que fabricaram artefactos líticos até ao fim da última época glaciar, que terminou há cerca de 10 000 anos.
O Paleolítico pode ser dividido em três fases distintas, que se definem em função dos tipos de utensílios de pedra sucessivamente utilizados: Inferior, Médio e Superior.

Mesolítico: é considerado um período intermédio, em que o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao desenvolvimento e à sobrevivência, como foi o caso do domínio do fogo. O ser humano pôde, assim, afugentar os animais, cozinhar a carne e outros alimentos, iluminar as suas habitações, e garantir calor nos momentos de frio intenso. Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais. Desta forma, foi possível a sedentarização, pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade.
Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por género.
Neolítico: período em que o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade. Tornou-se sedentário, começou a criação de animais e desenvolveu a agricultura. O desenvolvimento da metalurgia foi um momento importante, pois permitiu a criação de melhores instrumentos de caça e uma produção com mais qualidade e rapidez. A produção de excedentes agrícolas e sua armazenagem, garantiam o alimento necessário para os momentos de seca ou inundações. As comunidades foram crescendo e surgiu a necessidade de trocas com outras comunidades.
Calcolítico: refere-se ao período pré-histórico em que se fez uso simultâneo do cobre e da pedra.
Idade do Bronze: é um período da civilização onde ocorreu o desenvolvimento desta liga metálica, resultante da mistura de cobre e estanho. Iniciou no Oriente Médio por volta de 3300 a.C.
Idade do Ferro: prende-se com o período em que ocorreu a metalurgia do ferro. Este metal é superior ao bronze em relação à dureza e abundância de jazidas
A Idade do Ferro é caracterizada pela utilização do ferro como metal, utilização importada do Oriente através da emigração de tribos indo-europeias (celtas), que a partir de 1.200 a.C. começaram a chegar a Europa Ocidental. O seu período vai até a época romana e na Escandinávia até a época dos vikings
Colonização Romana: No séc. II a.C. os romanos penetraram na Península Ibérica, mas a conquista total do território só ocorreu no tempo do Imperador Augusto, muito devido à resistência de Viriato, que conseguiu conter a expansão romana durante anos.
No fim do século I a.C. o imperador Augusto criou a província da Lusitânia, que correspondia a grande parte do actual território português.
Invasões árabes: Ocorreram na Península Ibérica por volta do ano de 711. Os muçulmanos dominaram partes da Península por mais de cinco séculos. Durante este período, as Astúrias foi a única região que resistiu à invasão árabe e onde se desenvolveu um movimento de reconquista, que culminaria com a tomada de Granada pelos Reis Católicos, em 1492.
Os muçulmanos que não foram mortos ou expulsos durante a reconquista, aderiram aos costumes locais (incluindo o Cristianismo). Depreende-se, por isso, que exista uma grande mescla na população portuguesa, o que é visível em alguns aspectos linguísticos e patrimoniais, também na Península de Setúbal.
Descobrimentos: corresponde ao período de expansão ultramarina portuguesa que se iniciou no século XV e se prolongou até ao século XVI. Neste período, o império português estendia-se do Brasil às Índias e Portugal assumia-se como uma grande potência socio-económica mundial.
Proto-indústria: modelo produtivo que se utilizava na Inglaterra medieval, em que os comerciantes davam às famílias camponesas a produção dos materiais. Estas não produziam de acordo com as necessidades do mercado, mas de acordo com as suas próprias necessidades de sobrevivência. Pelo que quando a procura aumentou em finais do século XVIII, os preços subiram e a produção diminuiu.
Monarquia: Portugal constituiu-se como reino independente com D. Afonso I, em cujo reinado se conquistaram Santarém, Lisboa e Évora aos Muçulmanos. As fronteiras de Portugal Continental datam dessa época do século XII, sendo as mais antigas da Europa.
Terminada a Reconquista do território português em 1249, a independência do novo reino viria a ser posta em causa várias vezes por Castela.
1640 (1 de Dezembro) assinala o ano em que se recupera a independência nacional face à corte espanhola que durante 60 anos ocupou Portugal.
Invasões francesas: existiram várias incursões em Portugal. A justificação da invasão de Portugal era a de obrigar o país a fechar os seus portos ao Ingleses, aderindo assim ao bloqueio continental imposto por Napoleão à Inglaterra. Napoleão também sonhava ter um Império superior ao antigo Império Romano, e a sua intenção era conquistar Portugal, com o apoio dos Espanhóis.
Revolução Industrial começou na Grã-Bretanha no século XVIII e alastrou-se ao Mundo nos séculos seguintes. Caracteriza-se pelo abandono progressivo da manufactura em favor da mecanização dos processos de fabrico.
Transformou profundamente a na sociedade, que passou a estar organizada segundo outros parâmetros, racionais, técnico-científicos e económicos diferentes dos que até ai vigoravam. Esta revolução exerceu um impacto muito violento sobre o ambiente, a cidade e o homem, e criou um novo «monumento» adequado às necessidades: a fábrica (ex.: Mundet, no Seixal).
República é instaurada a 5 de Outubro de 1910, sendo que o jovem rei D. Manuel II parte para o exílio em Inglaterra.
Estado Novo: é o período que corresponde à ditadura promovida por Salazar que durou de 1926 até 1974. Depois da agitação política e social, e da crise financeira dos anos 1920, o exército tomou o poder em 1926, nomeando para ministro das finanças, António de Oliveira Salazar, que poucos anos depois ascenderia a Presidente do Conselho (1932).
A partir de 1968, por motivos de saúde, foi substituído por Marcelo Caetano. Este período (1968-74) ficaria conhecido como «primavera marcelista» e, teoricamente, terá sido menos repressivo.
25 Abril de 1974: é a data do levantamento militar dos jovens capitães que haviam participado na Guerra Colonial, acompanhado por um movimento popular, que restituiu a liberdade aos portugueses. Uma data também conhecida como o dia da Revolução dos Cravos e feriado nacional.
Pós 25 de Abril: O ano de 1976 marca uma nova etapa no País e no Poder Local. A primeira Constituição do regime democrático definiu as bases da organização das novas autarquias locais, cuja eleição decorreu no ano seguinte.
No primeiro mandato, os autarcas, com o apoio e dinâmica das comissões de moradores, privilegiaram as obras a nível das infra-estruturas, saneamento básico educação.
ABSTRACIONISMO OU ARTE ABSTRACTA:movimento estético nos inícios do século XX e que dominou a pintura depois da 2ª guerra Mundial, sendo caracterizado pelo abandono total da representação figurativa e pelo uso de linhas e cores conjugadas num ritmo e expressão próprias de carácter subjectivo.
ALIANÇA:tratado de união.
APARTHEID:política de segregação social que se projecta por vezes nos direitos políticos.
ARIANISMO:heresia surgida no século IV em Alexandria que negava a divindade de Cristo.
ARIANO:seguidor do arianismo, isto é, da doutrina do herege Ario (da Alexandria, 280-336), segundo a qual Cristo era uma criatura de natureza intermediária entre a divindade e a humanidade.
ARMISTÍCIO:trégua; suspensão da guerra até à assinatura de um tratado de paz. Trégua; suspensão da guerra por comum acordo entre os comandantes dos exércitos beligerantes até à assinatura de um tratado de paz.
AUTODETERMINAÇÃO:um povo escolhe livremente a sua maneira de se organizar e governar, optando ou não pela sua autonomia e independência.
AUTOGESTÃO:as empresas são dirigidas pelos trabalhadores, que escolhem os administradores e partilham os lucros.
AUTOMAÇÃO:conjunto de processos que visam a produção automática, reduzindo ao mínimo a intervenção da actividade humana, e recorrendo no máximo aos meios de acção mecânica, eléctrica ou electrónica.
AUTONOMIA:direito de se governar por leis próprias.
BOLCHEVIQUE:significa maioria que, depois da Revolução de Outubro (1917) na Rússia, dominou o partido social-democrata (socialista) que dirigia o país no sentido mais revolucionário (da ditadura do proletariado) propugnado por Lenine. Daí chamar-se bolchevistas aos socialistas-comunistas-lenisnistas, seguidamente a todos os comunistas, e bolchevismo passar a ser sinónimo de comunismo
BURGUESIA:grupo social que se dedicava às actividades comerciais e artesanais, ou ainda certas categorias de pessoas como médicos, legistas ou outras profissões liberais.
BUROCRACIA:conjunto dos empregados da administração do Estado, enquanto constituindo um grupo (uma espécie de casta) que se identifica com o Estado, como se fosse o seu senhor e não o seu servidor.
CANALIZAÇÃO DE ANTAGONISMOS:antagonismo declarado entre pessoas ou grupos, relativamente a interesses ou a ideias que os opõem. Dada a impossibilidade de eliminação total dos conflitos, os grupos antagónicos libertam as tensões acumuladas sob a forma de festas, orgias, combates, concertos de música, etc.
CAPITULAÇÃO:rendição; aceitação da derrota
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS:foi assinada na Conferência de S. Francisco , em 1945, pelos cinquenta países que lutaram contra o Eixo na II Guerra Mundial
CARTEL:Acordo entre empresas quanto à fixação de preços ou partilha de mercados. É uma forma de redução da concorrência, mas, em alguns países, é considerado uma prática ilegal. Exemplo de associação de empresas que controlam, a médio prazo, uma das fases da produção (de um modo geral, a última). Embora mantendo uma autonomia técnica e jurídica, as empresas possuem uma gerência comum.
CEE:Comunidade Económica Europeia - organismo internacional fundado em 1957 para integração económica dos países membros, por meio de uma união aduaneira, de livre circulação de pessoas e bens, de uma política comum agrícola e económica.
CENSURA:exame crítico de obras literárias ou artísticas, por vezes, alterando-as, eliminando-lhes partes ou proibindo a sua publicação ou divulgação.
CENTRALISMO:sistema político, administrativo ou económico em que se preconiza ou pratica a centralização.
CENTRALISMO DEMOCRÁTICO:doutrina político-económica, posta em prática em países de socialismo científico ou marxista, ou em países de socialismo dito comunista.
CHEFE CARISMÁTICO:estadista que assume de forma ditatorial a governação, através de uma forte propaganda que o glorifica e lhe presta um verdadeiro culto.
CIDADANIA:qualidade de cidadão, isto é, o indivíduo que num Estado possui todos os direitos de participar na vida pública, na administração ou no governo.
CLASSES MÉDIAS:grupo social que, nas sociedades industriais de modelo ocidental, se situa entre a alta burguesia e o proletariado, geralmente membros de profissões liberais, empresários de pequenas e médias empresas, etc.
COEXISTÊNCIA PACIFICA:princípio relativo às relações internacionais entre os E.U.A. e a U.R.S.S., estabelecendo a aceitação da existência igual em direitos e mútuo respeito.
COLECTIVISMO:sistema político, social e económico em que a colectividade predomina fortemente sobre os indivíduos que a compõem e a propriedade de todos os bens, meios de produção é colectiva.
COLECTIVIZAÇÃO:consiste em transformar os meios de produção individuais em colectivos.
COLECTIVIZAR:tornar propriedade de muitos ou da sociedade.
COLONIZAÇÃO:criação de estruturas administrativas destinadas a promover o povoamento e/ou a exploração económica de terras além-mar.
COMUNA POPULAR:é "uma unidade social na qual a população trabalhadora livremente congregada sob a direcção do Partido Comunista e do Governo, realiza todas as tarefas da produção agrícola e industrial e distribui o trabalho da região e recebe educação, cultura e formação política".
COMUNISMO:doutrina política que preconiza o desaparecimento de todas as distinções de classe, a propriedade e o Estado, regendo-se a repartição do trabalho e dos rendimentos pelo princípio: "de cada um conforme as suas aptidões; para cada um conforme as suas necessidades".
CONDENSADOR ELÉCTRICO:Dispositivo constituído por duas placas condutoras separadas pelo dieléctrico. O dieléctrico pode ser ar, papel impregnado em óleo ou cera, película plástica ou cerâmica.
CONSTITUIÇÃO:conjunto de leis fundamentais que determinam o regime político, a organização dos poderes de soberania e determina os direitos e liberdades dos cidadãos.
CONSUMO EM MASSA:Elevado poder de absorção da produção, conseguido com a elevação do poder de compra das populações. O consumo em massa implica a produção em massa.
CONTRATACÇÃO COLECTIVA:acordo estabelecido entre patrões e trabalhadores de uma determinado sector profissional, no qual se definem as condições do trabalho, sua duração, salários, direitos e obrigações mútuas, etc.
CORPORATIVISMO:sistema político em que as corporações profissionais, representando patrões e empregados, são a base da sociedade. A corporação é um meio de evitar a luta de classes e de afirmar o poder do estado, através da fiscalização eficiente das actividades profissionais.
CÓDIGO:conjunto ordenado de leis sobre um assunto ou que vigora durante um período de tempo.
CÓDIGO DE LEIS:Colecção de leis elaborada de forma metódica e organizada.
CRISE CÍCLICA:Estado periódico de agudo mal-estar e de mau funcionamento da economia. Enquanto, nas economias pré-industriais, as crises eram, sobretudo, de penúria e de escassez, nas economias industriais, as crises são provocadas por fenómenos de superprodução. Estas últimas crises (crises capitalistas) correspondem ao momento em que a tendência de expansão do ciclo económico (de Juglar) se inverte, dando lugar a uma fase de depressão.
CRISE ECONÓMICA:fase da evolução económica de um país ou época, em que há uma baixa na produção agrícola e industrial, bem como uma diminuição da actividade comercial.
CULTO DA PERSONALIDADE:adulação, às vezes levada a uma quase adoração fanática, da pessoa de um governante.
CULTURA DE ELITES:cultura própria de uma minoria prestigiada e dominante na sociedade constituída por indivíduos poderosos e intelectualmente mais aptos.
CULTURA DE EVASÃO:conjunto de manifestações culturais que têm por objectivo ocupar os tempos livres das pessoas, através da televisão, rádio, cinema, desporto, literatura. A cultura de evasão assumiu algum conteúdo pejorativo por ser entendida como meio de distrair as pessoas dos problemas reais da vida, levando-as simultaneamente, à ilusão de participarem na acção social.
CULTURA MASSAS:através dos mass media é imposta uma cultura às grandes massas.
CULTURA POPULAR:cultura elaborada pelo povo e que encontra uma expressão comum e de agrado dessa camada social.
CZAR:título dado aos imperadores da Rússia.
DADAÍSMO:movimento artístico que surgiu em Zurique, em 1916, sendo um estilo entre o infantil e o burlesco.
DEFLAÇÃO:conjuntura económica, em geral correspondente a uma época de crise ou depressão, que se caracteriza por uma baixa de preços, redução dos meios de pagamento, restrições do crédito, fraca produção e baixo consumo. Por vezes a deflação é estimulada pelos governos como forma de luta contra a inflação.
DEMOCRACIA:Regime político no qual o povo é soberano em matéria de legislação e usufrui de iguais possibilidades de participação no governo e de igual tratamento perante a lei.
DEMOCRACIAS CRISTÃS:corrente política do século XIX após a publicação da encíclica Rerum Novarum que actualizou o pensamento político da Igreja, aceitando o regime liberal em conciliação com os princípios do Catolicismo.
DEMOCRACIA PARLAMENTAR:sistema político em que o principal órgão de soberania é o Parlamento (formado através de eleições), sendo o Governo responsável politicamente perante aquele.
DEMOCRACIA POPULAR:designa o regime socialista-marxista, associado à URSS, através do Pacto de Varsóvia e do COMECON.
DEMOCRATIZAÇÃO:acção de democratizar, isto é, de tornar democráticas todas ou certas instituições políticas, sociais e económicas, estendendo os seus poderes ou os seus benefícios a todo o povo.
DEMOGRAFIA:ciência que estuda a população ou as populações, desde as taxas de natalidade e de mortalidade, nupcialidade, classes etárias, esperança de vida, etc.
DESCOLONIZAÇÃO:termo que exprime a independência ou autodeterminação reconhecida pelas potências colonizadoras às suas colónias.
DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA:o processo directo consiste na recolha de todas as moedas e as derreter e cunhar de novo, diminuindo-lhes o peso, mas mantendo-lhes o mesmo valor facial. O processo indirecto ocorre quando se verifica uma inflação dos preços.
DIALÉCTICA:arte de argumentar ou discutir.
DIREITO:conjunto de leis que regulam as relações entre os indivíduos de uma sociedade e entre os indivíduos e o Estado.
DIREITO DE VETO:acto pelo qual um indivíduo ou um orgão põe obstáculo temporário ou definitivamente à aplicação das decisões de outro indivíduo ou de outro orgão.
DITADURA:sistema político em que uma pessoa ou um grupo de pessoas, concentram em si e exercem pelo uso da força e da intimidação, o acto de governar.
DITADURAS MILITARES:governos autoritários dominados por militares.
DITADURA DO PROLETARIADO:regime considerado de transição para o comunismo pelos marxistas e instaurado na Rússia por Lenine, que consiste na ditadura da classe operária sobre a totalidade da Nação, por intermédio do partido Comunista.
DIVISÃO DO TRABALHO:método de produção em que cada trabalhador se especializa numa função (que passa a exercer preferencialmente).
ECONOMIA DE MERCADO:forma de vida de um grupo populacional que se dedica à comercialização dos excedentes e onde os metais e a moeda representam um papel fundamental.
ECONOMIA PLANIFICADA:conjunto de disposições adoptadas por um governo que visam atingir determinados objectivos económicos num dado período de tempo.
EMPRESA:Instituição/organização destinada à produção/comercialização de bens (agrícolas e industriais) e à prestação de serviços (bancários, de transporte, de gás, de iluminação, etc.). Caracteriza-a a separação entre o capital e o trabalho e pode revestir as formas de empresa familiar ou de sociedade anónima.
ESPERANÇA DE VIDA:duração média da vida, que pode depender das condições de mortalidade de uma determinada população e de uma dada época. Número de anos que um indivíduo tem, em média, possibilidade de viver no momento do nascimento.
ESTADO NOVO:sistema político consagrado, em Portugal, pela Constituição de 1933. Período em que predomina o autoritarismo do Estado ligado a um sistema económico e social corporativo. As liberdades individuais foram condicionadas aos interesses da Nação.
ESTANDARDIZAÇÃO:processo de fabricação que visa reduzir os objectos do mesmo género a um só tipo, unificado e simplificado, segundo um modelo pré-estabelecido, facilitando a produção em massa
EXISTENCIALISMO:corrente filosófica, criada por Jean Paul Sartre, que defende que o facto fundamental da vida repousa na existência do Homem enquanto livre.
PRODUÇÃO EM SÉRIE:tipo de produção industrial ou artesanal capaz de lançar, em grande número e a baixo preço os seus bens no mercado.
FASCISMO:regime político criado em Itália por Mussolini em 1925 ou todos os regimes semelhantes ao fascismo de Mussolini.
FAUVISMO:estilo artístico do início do século XIX, que surgiu em Paris com Matisse. A sua técnica consiste em fazer desaparecer o desenho sob violentos jactos de cor, de luz e de sol.
FÁBRICA:Estabelecimento industrial de grandes dimensões, onde se pratica a mecanização, se investem avultados capitais e se concentra uma vasta mão-de-obra especializada. Pela sua estrutura e organização, a fábrica é uma empresa capitalista
FEMINISMO:corrente social e política que preconiza a luta para que as mulheres conquistem as mesmas liberdades e os mesmos direitos que os homens
FLUTUAÇÃO DE PREÇOS:alternância na sucessão das situações de alta e de baixa dos preços num mesmo período.
FORDISMO:sistema de racionalização dos métodos de produção que assentava no princípio básico do ritmo máximo da empresa. Na linha de Taylor, Ford idealizou a produção em série ou em massa, método pelo qual são produzidas grandes quantidades de produto estandardizado. Organização da produção industrial tendo por base empresas de grande tamanho, resultantes de um processo continuado de concentração de capital. A competitividade das empresas é conseguida com o fabrico em série de produtos standardizados em cadeia de produção. Este processo de produção leva às últimas consequências o princípio da divisão do trabalho.
FUTURISMO:escola artística fundada em 1909 pelo pintor italiano Marinetti, cujos objectivos constam do manifesto futurista: recusa da harmonia e do bom-gosto, recusa do geometrismo intelectual dos cubistas como do sensualismo cromático dos fauvistas, defesa da originalidade, reivindicação da acção, da força, do dinamismo, da técnica, do maquinismo, de tudo aquilo que exprima a vida moderna
GENOCÍDIO:eliminação intencional ou sistemática de um grupo étnico (povo, tribo, etc), nacional, racial ou religioso, através de massacres, exterminação, deportação, etc, como por exemplo, dos judeus pelos nazis.
GREVE:suspensão colectiva da prestação de trabalho, resolvida por combinação prévia entre os trabalhadores subordinados de uma mesma empresa ou de empresas do mesmo sector, tendo por fim obter satisfação para reivindicações de carácter profissional. Num sentido restrito, a palavra designa apenas as paralisações levadas a cabo por operários dos sectores produtivos, onde fizeram o seu aparecimento e onde, ainda hoje, são mais frequentes. Num sentido mais lato, inclui toda a suspensão de trabalho, mesmo do não produtivo e até do não subordinado.
GUERRA CIVIL:guerra entre partidos ou grupos do mesmo povo.
GUERRA FRIA:período de forte tensão após a II Guerra Mundial, entre as duas superpotências U.R.S.S. e os E.U.A.
HOLDING:Sociedade financeira ou grupo de bancos que possuem e controlam a maioria das acções de diversas empresas. O holding é o "patrão" real dessas empresas: realiza as suas operações financeiras, regulamenta e dirige as suas actividades industriais e comerciais. Os capitais das empresas particulares são mais ou menos totalmente absorvidos pelo holding: cada uma delas tem, simplesmente, uma participação do capital global. Moeda fiduciária - Papel-moeda ou nota bancária. Emitida na Europa, desde a segunda metade do século XVII, para fazer face à penúria de meios de pagamento, a moeda fiduciária tinha, nessa altura, o seu valor garantido mediante um depósito de metais preciosos, que se podiam reclamar. A partir do século XIX, o valor facial do papel-moeda deixa de corresponder ao valor em metal depositado nas instituições bancárias, ultrapassando-o largamente. A circulação de notas exige, então, a confiança na existência de reservas que representem parcialmente as emissões.
IMPÉRIO: Estado constituído por vários territórios, dos quais um exerce o domínio político e a exploração económica sobre os outros.
IMPÉRIO COLONIAL:conjunto de territórios, mares e povos dominados por um Estado. O domínio do Estado colonizador exerce-se no contexto político-social (subjugação das populações às leis e às autoridades impostas pela metrópole) e económico (exploração das respectivas riquezas agrícolas e comerciais).
INDEPENDÊNCIA POLÍTICA:expressão utilizada para caracterizar a autonomia de uma nação que se constitui em Estado e se governa a si própria, sem subordinação a outra.
INFLAÇÃO:processo cumulativo de alta de preços numa dada época e em determinada economia, derivado de distorções existentes entre a quantidade de moeda que circula no mercado e a produção de riquezas, a procura dos produtos e a oferta dos bens, o aumento dos custos e dos salários.
INTERNACIONAL OPERÁRIA:reunião dos dirigentes das associações e federações operárias de vários países. A internacionalização do movimento operário ficou a dever-se à acção de Karl Marx e Friedrich Engels, que incentivaram a formação da 1 ° Internacional (1864-1876), reunida em Londres. Teve a participação de organismos operários de vários países (Grã-Bretanha, Alemanha, França, E.U.A., Bélgica, Suíça, Itália e Espanha) e contribuiu fortemente para a solidariedade operária internacional, despoletando entre os trabalhadores a consciência de classe.
IONOSFERA:Camada da atmosfera que se encontra acima da estratosfera. Esta camada estende-se por cerca de 1 000 km, com temperatura crescente e composição variável. Nesta camada os gases são ionizados pela absorção da radiação solar.
KOMINFORM: abreviatura do Centro Comunista de Informação.
LEGIÃO PORTUGUESA:força civil paramilitar, criada pelo governo, para defesa do regime Salazarista, contra a "ameaça comunista".
LUTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL:movimento, pacífico ou armado, empreendido pelos povos das colónias para se libertarem do domínio dos países colonizadores.
MESOSFERA:Camada da atmosfera que se encontra acima da estratosfera. Esta camada estende-se por cerca de 1 000 km, com temperatura crescente e composição variável. Nesta camada os gases são ionizados pela absorção da radiação solar.
MAGNETOSFERA:Camada da atmosfera que se encontra acima da mesosfera ou ionosfera, a uma altitude de cerca de 80 km. Corresponde à termosfera.
MAOISMO:regime marxista-leninista instaurado na China e chefiado por Mao Tse-Tung, diferenciado pelo seu carácter rural e pela Revolução Cultural, que foi uma tentativa radical de passagem excessivamente rápida à fase comunista do socialismo.
MARXISMO-LENINISMO:interpretação do marxismo por Lenine e, a partir de 1917, sua aplicação à realidade da Rússia, com a instauração da ditadura do proletariado, representado pelo Partido Comunista, e a transformação da Rússia em União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
MEDIA OU MASSMEDIA:conjunto de meios de comunicação de massa (televisão, rádio, cinema, grande imprensa, discos), capazes de difusão maciça de informação por um grande número de pessoas e a grande distância.
MENCHEVIQUES:os elementos mais moderados do partido social-democrata (socialista), que constituíam uma minoria
MÍLICIAS ARMADAS:forças paramilitares destinadas à defesa e expansão de uma ideologia totalitária.
MOCIDADE PORTUGUESA:organização paramilitar, que fazia propaganda doutrinária do regime Salazarista junto da juventude portuguesa.
MODERNISMO:movimento que fez a ruptura com as tradições académicas, pela liberdade de criação e de pesquisa estética e busca de inspiração nas fontes mais autênticas da cultura e da realidade.
MONOPÓLIO:grande unidade económica que se apodera do mercado de um produto; detém a oferta global, controla as quantidades a colocar no mercado e fixa os seus preços.
MONOPÓLIO RÉGIO E ESTATAL:regime de exclusividade do Estado para o financiamento, fisco, fabrico, compra ou venda de produtos ou prestação de serviços em determinadas áreas do seu território.
MOVIMENTO PACIFISTA: movimento de carácter cultural mas também político e até religioso que rejeita a guerra, defendendo a possibilidade e necessidade de soluções consensuais pacíficas para os conflitos entre as nações.
MUNDO SOCIALISTA:conjunto dos países que seguem o regime socialista, liderado pelo partido comunista, que defende a colectivização dos bens de produção, as nacionalizações e um regime autoritário.
NACIONALISMOS:política ou atitude de alguns Estados no sentido de uma defesa dos valores nacionais, como a raça, a história nacional, que, levada ao extremo, conduz a uma predisposição para a recuperação de fronteiras antigas, logo, a uma atitude expansionista e bélica.
NACIONALIZAÇÃO:transferência forçada, mas legal, da propriedade de empresas privadas, que passam a constituir empresas públicas, mediante ou não indemnização. É uma providência de carácter socialista ou socializante.
NAZISMO:sistema político, económico, social e ideológico que assenta no partido político chefiado por Hitler na Alemanha, instaurando um regime totalitário, de terror, genocídio, política de guerra.
NÃO-ALINHADOS - doutrina e política que consiste em recusar alinhar com algum dos blocos políticos, apoiando-o nas suas teses e atitudes.
NEOCOLONIALISMO:novo colonialismo através de uma certa dominação económica, cultural e às vezes política, exercida pelos países desenvolvidos sobre suas antigas colónias ou outros países do Terceiro Mundo
NEOLIBERALISMO:doutrina defendida por alguns economistas e políticos do nosso tempo que preconiza um certo regresso ao liberalismo do século XIX, isto é, a não intervenção do Estado, a defesa da iniciativa privada e a livre concorrência.
NEUTRALIDADE:recusa voluntária de um Estado a tomar partido por qualquer dos beligerantes, no caso de um conflito.
NATO OU OTAN:aliança militar criada para assegurar o respeito do Pacto do Atlântico, assinado entre países Ocidentais, com o objectivo de defesa em relação à União Soviética ou outros países comunistas de Leste.
PACTO DE VARSÓVIA:aliança com fins essencialmente militares, de assistência mútua e cooperação entre os países comunistas e a U.R.S.S., como resposta à NATO. Organização de defesa e segurança criada pelos antigos países de Leste, em 1955, em resposta à criação da NATO.
PANGERMANISMO:ideologia que defende a união de todos os povos germânicos num só Estado.
PAN-ESLAVISMO:ideologia que defende a união de todos os povos eslavos num só Estado.
PARTIDO POLÍTICO:agrupamento reconhecido de pessoas que defendem uma determinada ideologia e pretendem, simultaneamente, canalizar a expressão do compromisso político dos cidadãos e conquistar ou participar no poder.
PLANIFICAÇÃO ECONÓMICA:conjunto de disposições adoptadas por um governo que visam atingir determinados objectivos económicos num dado período de tempo. As planificações são diferentes consoante o regime político: imperativa, dos regimes socialistas; indicativa, dos regimes capitalistas.
PLANOS QUINQUENAIS:previsão de meios e disposições de acções para a consecução de um projecto na duração de cinco anos.
PLENO EMPREGO:expressão que indica a situação em que todas as pessoas, em idade de trabalho e que desejam trabalho, o obtêm.
PODER AUTÁRQUICO:o poder ou competências, constitucionalmente atribuídos às autarquias, em especial às Assembleias Municipais e às Câmaras Municipais.
PODER AUTOCRÁTICO:autoritário; ditatorial; que não é democrático.
PODER EXECUTIVO: poder de decisão que têm os governantes.
PODER JUDICIAL: poder de aplicar a justiça, isto é, de julgar os indivíduos que não cumprem as leis e de resolver conflitos entre pessoas.
PODER LEGISLATIVO: poder de fazer as leis.
POLÍTICA DE BLOCOS:política de rivalidade e de tensão entre os dois blocos que dividem o mundo, liderados pelos E.U.A. ou pela U.R.S.S., divergentes em estruturas políticas, económicas, sociais e ideológicas.
PRODUÇÃO EM MASSA:produção em grande quantidade e sem preocupação com a qualidade.
PROPAGANDA:conjunto de acções (escritos, discursos, publicidade nos meios de comunicação, etc) que têm por finalidade convencer as massas a adoptarem ou apoiarem certas ideias ou posições políticas e sociais. No aspecto económico, a propaganda traduz em publicidade para convencer ao consumo de determinados produtos.
PROTECTADO:Estado (mais fraco) submetido a outro (mais forte) mediante certas condições.
QUALIDADE DE VIDA:designação dada ao estilo de vida de uma sociedade tendo em vista que os seus membros possam satisfazer, além das necessidades essenciais de alimentação, vestuário, habitação e saúde, outras necessidades mais elevadas, como as da cultura, dos tempos livres, etc.
QUEBRA DA MOEDA:processo de desvalorização da moeda que consiste na recolha de todas as moedas em circulação para as derreter e cunhar de novo, diminuindo-lhes o peso mas mantendo-lhes o mesmo valor facial.
QUEBRA DEMOGRÁFICA: fénomeno de recuo ou paragem demográfica, devido a factores exteriores, levando ao aumento da taxa de mortalidade e ou baixa na taxa de natalidade.
RACISMO:doutrina que considera, erradamente, haver diferenças de valor entre as raças e atribui superioridade (física, intelectual, moral) a uma em relação às outras.
REGRESSÃO ECONÓMICA OU RECESSÃO ECONÓMICA:fase da evolução económica de um país, ou de uma época, caracterizada por uma baixa de produção. As actividades comerciais e industriais diminuem, e a agricultura, como não há procura de excedentes, decai também.
RELAÇÕES DE PRODUÇÃO:relações que se estabelecem entre as diversas classes sociais determinadas pela função que cada uma delas representa no processo económico.
REPUBLICANISMO:ideologia político-cultural originária das revoluções americana e francesa, que se desenvolveu em Portugal na 2ª metade do século XIX, e cujo objectivo fundamental era abolir o regime monárquico e substituí-lo pelo regime republicano, o que viria a acontecer em 1910.
REPÚBLICA:sistema de governo em que um ou mais indivíduos eleitos pelo povo exercem o poder supremo por um determinado tempo.
RESISTÊNCIA:nome dado às actividades clandestinas nos países ocupados pela Alemanha durante a 2ª Guerra Mundial. Os grupos da Resistência apoiaram os Aliados graças a informações, sabotagens, luta armada, desempenhando assim importante papel na libertação dos seus países.
REVISIONISMO:atitude daqueles que dentro de um movimento político, social e económico, pretende apresentar novas interpretações dos seus fundamentos, contrárias à interpretação estabelecida ou diferente dela.
REVOLUÇÃO:conjunto de transformações profundas na vida de uma sociedade, ou de toda a humanidade, que se verificam num espaço de tempo relativamente curto.
REVOLUÇÃO CULTURAL:movimento político e social da China, entre 1966 e 1968, o qual pretendeu radicalizar a sociedade socialista marxista, contra a burocratização e o seu economismo.
SEGREGAÇÃO RACIAL:expressão utilizada para significar a situação de um grupo ou grupos sociais, geralmente minoritários, que são marginalizados, isto é, são-lhes negados alguns direitos.
SERVIÇOS:conjunto de actividades do chamado «sector terciário urbano» (segundo Colin Clark). Por outras palavras, as actividades não produtivas de bens de consumo, que apenas desempenham tarefas úteis à colectividade ou a outrem. Incluem-se nos serviços os transportes, a armazenagem, as comunicações, a administração pública, os serviços colectivos públicos (saúde, incêndios, polícia, ensino, limpeza e lixos, etc.) ou os serviços prestados por empresas particulares no campo recreativo, hoteleiro, comercial e pessoal ou outras actividades afins.
SOCIALISMO:doutrina política e social que tem por objectivo a igualdade social e económica, através da passagem dos meios de produção da propriedade privada para a propriedade colectiva.
SOCIALISMO DEMOCRÁTICO: democracia - regime político em que o governo, apoiado por uma maioria de deputados eleitos, procura limitar o poder do grande capital através de reformas sociais e económicas no sentido de uma melhoria do nível de vida das classes trabalhadoras.
SOCIALISMO DE MERCADO:economia que não tem uma planificação central e obedece a regras do mercado, onde as empresas têm autonomia, estabelecendo a sua produção, preços e circulação de produtos.
SOCIEDADE DE CONSUMO:modelo de sociedade característica dos países ocidentais industrializados, em que uma grande produção corresponde a um forte consumo, mesmo ostensivo.
MULTINACIONAL:empresa que, com sede num determinado país, faz os seus negócios em vários outros países, onde cria novas sociedades, suas filiais, para tal efeito.
SPN/SNI:Secretariado de Propaganda nacional (1933-1944), encarregue da propaganda oficial do regime salazarista e responsável pela censura dos meios de comunicação. A partir de 1944 passou a chamar-se Secretariado Nacional, Cultura Popular e Turismo, conhecido por SNI.
STOCK:quantidade de produtos ou mercadorias armazenados para venda.
SUBDESENVOLVIMENTO:situação dos países cujas populações são extremamente pobres e não conseguem fazer crescer a sua economia de modo a alcançar o desenvolvimento.
SUFRÁGIO:sistema de escolha ou decisão por meio de votos, que vão permitir a eleição.
SUFRÁGIO UNIVERSAL:o direito de votar para todas as pessoas a partir de uma certa idade, contando que tenham capacidade civil e não se encontrem condenadas por certos crimes.
SUPERPOTÊNCIA:termo utilizado para destacar a hegemonia dos E.U.A. e U.R.S.S. no mundo, sobretudo nos planos económicos e militares.
SUPERPRODUÇÃO:produção de mercadoria(s) em excesso, isto é, em quantidade superior às necessidades de absorção do mercado consumidor.
SURREALISMO:movimento literário e artístico, criado por Freud e que defende a fuga, a libertação da realidade, pondo de parte a razão e entregando a arte ao inconsciente.
ULTIMATO:exigência, com prazo marcado, feita por um Estado a outro, sob ameaça de guerra.
Anticolonialismo:O conceito anticolonialista é o conceito que contraria o facto de um povo dominar o outro ou o domínio de um povo que vive num território ultramarino ou o domínio de um povo por uma potência que não pertence ao directório mundial ou o domínio de um povo sobre outro descriminado pela etnia ou pela região ou em todas estas atitudes em conjunto.
Anti-semitismo:O anti-semitismo é o nome que se dá ao tipo de hostilidade contra os judeus. As raízes desta teoria vêm do tempo do nazismo. No tempo dos nazistas o anti-semitismo era uma teoria que eles defendiam em que consideravam os semitas uma raça inferior enquanto que a raça superior para eles era a raça ariana ou seja a raça de que os nazis eram descendentes. Neste caso os semitas eram os judeus dos quais muitos foram torturados e mortos pelos nazistas.
Blitzkrieg:Blitzkrieg ou Guerra-Relâmpago, foi uma doutrina militar que consistia em utilizar forças móveis em ataques rápidos e de surpresa, impedindo as forças inimigas de ter tempo de organizar a defesa. Os três elementos essenciais eram: o efeito surpresa, a rapidez da manobra e a brutalidade do ataque. Os objectivos principais a desmoralização do inimigo e a desorganização de suas forças. O arquitecto desta estratégia militar foi o general Erich von Manstein.
Comecon:O Comecon ou (Council for Mutual Economic Assistance, Concelho para Assistência Económica Mútua) fundado em 1949, visava a integração económica das nações do Leste Europeu. O aparecimento da Comecon surgiu no contexto europeu após o final da Segunda Guerra Mundial, do qual resultou a destruição de parte do continente Europeu e surgiu como a resposta soviética ao plano edificado pelos Estados Unidos, o Plano Marshall, que visava apoiar a reconstrução económica da Europa Ocidental.
Constituição:Constituição é a lei maior ou fundamental, que estabelece a estrutura do Estado, os limites dos poderes e o âmbito dos direitos e liberdades fundamentais de cada cidadão. Nos tempos actuais, os Estados Democráticos possuem constituições democráticas, assim consideradas as promulgadas pelo poder constituinte, uma vez que os seus governos são os legítimos representantes do povo e este é soberano.
Todos os países organizados politicamente têm a sua constituição onde estão estabelecidos os fundamentos e objectivos do Estado, forma e regime de governo, sistema político e eleitoral.
Corporativismo:Doutrina económico-social que preconiza a criação de instituições profissionais, organizadas em corporações, dotadas de poderes económicos, sociais e mesmo políticos mas sob fiscalização do Estado. Era uma crença de que o Estado, nas sociedades capitalistas deveria intervir, em larga medida, na economia, para garantir a harmonia social.
Crash da bolsa de Nova Iorque:Em 1929 quando a América estava no seu apogeu houve uma baixa e muito acentuada das acções na bolsa de Nova Iorque, que teve grandes impactos tanto a nível económico como social.
Desmilitarização:Restaurar a paz em países afectados por conflitos internos exige bastante mais do que a cessação de hostilidades. Embora os acordos de paz formais possam constituir um primeiro passo essencial no processo de reconciliação, é necessário, simultaneamente, que sejam desenvolvidos esforços no sentido de desmobilizar, desarmar e desmilitarizar sociedades que durante anos estiveram envolvidas em conflitos armados prolongados. Sem isso, haverá sempre o risco do conflito ser retomado ou de surgir uma guerra civil.
Desnazificação:Desnazificação é o termo utilizado para caracterizar a iniciativa dos Aliados após a vitória sobre a Alemanha Nazi. Reforçada pelos Acordos de Potsdam , esta iniciativa tentava retirar da sociedade, cultura, imprensa, justiça e política da Alemanha e da Áustria, toda influência Nazi existente. Em 1946 foram aprovadas uma série de medidas para Desnazificação, aplicadas com diferentes esquemas nas diferentes zonas de ocupação dos diferentes países.
Domingo Sangrento:O Domingo Sangrento consistiu numa marcha lenta no dia 22 de Janeiro de 1905. Esta manifestação tinha à sua frente o padre ortodoxo Gregori Gapone e o seu destino era o palácio do czar Nicolau II, em S. Petersburgo, com o objectivo de entregar uma petição, assumindo os direitos ao povo, como a reforma agrária, a tolerância religiosa, o fim da censura, e a presença de alguns representantes do povo no Governo. O grão-duque, ordenou que os guardas do palácio não permitissem que povo se aproximasse deste e mandou-os afastarem a manifestação. O povo não se mexeu. Então, os guardas decidiram começar a disparar contra a multidão. A manifestação rapidamente ficou reduzida, devido ao grande número de mortos.
Especulação Bolsista/capitalização:É o valor de mercado da empresa ou cotação multiplicada pelo número de acções. Um "M" indica que está em milhões de euros. A ordem das Capitalizações deverá corresponder, grosso modo, à ordem de importância das empresas na economia.
Estandardização:Redução a um só tipo, norma, modelo ou estalão dos elementos de produção, com o fim de obter economia e rapidez no fabrico em série.
Fascismo:O fascismo é uma doutrina totalitária de extrema-direita desenvolvida por Benito Mussolini na Itália, a partir de 1919, e durante seu governo (1922 – 1943 e 1943 – 1945). Fascismo deriva de fascio, nome de grupos políticos ou de militância que surgiram na Itália entre fins do século XIX e começo do século XX; mas também de fasces, que nos tempos do Império Romano era um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o poder do Estado e a unidade do povo.A palavra fascismo adquiriu o significado de qualquer sistema de governo semelhante ao de Mussolini, o qual exalta a nação e muitas vezes a raça acima do indivíduo. Usa a violência e técnicas de propaganda e censura para suprimir pela força a oposição política, sustentando o nacionalismo e por vezes a xenofobia tendo em conta que se privilegia preferencialmente os nascidos no próprio país, desenvolvendo-se dessa forma uma certa apatia para com os imigrantes.
Fundamentalismo:Entendemos por fundamentalismo toda e qualquer doutrina ou prática social que busca seguir determinados fundamentos tradicionais, geralmente baseados em algum livro sagrado ou prática de costumes.De modo geral, quando se fala em fundamentalismo, é no fundamentalismo religioso que se pensa. Há, porém, outras formas de fundamentalismo: o fundamentalismo político, o fundamentalismo cultural, o fundamentalismo económico...
Hippies:Os hippies eram parte do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60. Adoptavam um modo de vida comunitário ou estilo de vida nómada, negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietname, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, hinduísmo e ou as religiões das culturas nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana.
Holocausto:A palavra holocausto tem origens remotas em sacrifícios e rituais religiosos da Antiguidade em que animais (por vezes até seres humanos) eram oferecidos às divindades. Pode ser entendido como o extermínio de milhares de judeus na segunda guerra mundial nos campos de concentração alemães.
Imperialismo:Política de exercer controlo ou autoridade sobre países ou territórios estrangeiros com o objectivo de construir ou manter um império, quer através da invasão, seguida de administração directa desses territórios (por exemplo, pela nomeação de um governador), quer por métodos indirectos de controlo, seja na esfera política – ingerência na governação do estado a dominar –, seja na esfera económica, por exemplo, pelo domínio do comércio.
Judeus:Os Judeus, na época da II Grande Guerra eram definidos como a raça inferior, e também a mais perigosa. Existiam preconceitos com o tom de pele, por ser mais escura que a raça superior: a raça ariana (pele clara, olhos azuis e cabelos loiros). Os cabelos escuros e olhos castanhos ou pretos também eram alvo de preconceito. Ou seja, os judeus eram completamente o oposto dos arianos. Devido a este anti-semitismo, deu-se a tentativa de extermínio do povo judaico.
Kamikaze:É uma palavra Japonesa — comum por ter se tornado o nome de um tufão que se diz ter salvo o Japão de uma invasão da frota líderada por Kublai Khan, em 1281. A invasão seria realizada pelo exército chinês. Em Japonês o nome "kamikaze" é apenas usado para designar este tufão, e neste caso, pode ser traduzido como: "Vento de Deus em prol do Japão". Na língua inglesa, contudo, refere-se habitualmente a um ataque suicida usado pelos pilotos japoneses que combateram na Segunda Guerra Mundial. Os pilotos japoneses arremessavam seus aviões contra os navios inimigos na intenção de afundá-los, sabendo que iriam morrer pela pátria. Cerca de 2.525 pilotos morreram no combate. Conseguiram afundar 81 navios e danificar outros 195.
ku kux klan:ku kux klan, também conhecida por KKK é o nome de várias organizações racistas dos E.U.A que apoiam a superioridade da raça branca e o protestantismo em relação a outras religiões, culturas e raças. A KKK mais forte e com mais poder foi localizada principalmente na região sul dos E.U.A em Estados como Texas e Mississipi.
Laicização:É a acção de tornar isento o Estado em relação a todas as religiões tratando-as a todas por igual sem privilégios especiais mesmo para a religião maioritária da população.
Maçonaria:Sociedade que surgiu em Londres no início do século XVIII, e que rapidamente se espalhou por toda a Europa. Defendia a construção de uma ordem política nova, surgida da consciência burguesa e da filosofia das Luzes.
Monarquia:Forma de governo em que o poder supremo é exercido por um monarca. Pode ser:
- Absoluta: forma de governo na qual todo o poder está concentrado no monarca;
- Constitucional: forma de governo na qual o poder do monarca é limitado por uma Constituição
Movimento das Forças Armadas:O movimento das forças armadas foi a força organizadora do golpe militar que extinguiu o Estado Novo em Portugal em 25 de Abril de 1974.
O que incentivou este grupo militar a seguir em frente foi essencialmente a vontade de ser livres visto que anteriormente levavam uma vida muito submetida a um regime político muito severo e, outra das razões que deixava a população descontente com a atitude assumida pelo governo, era a continuação da guerra colonial.
New Deal:O New Deal em português tinha como definição novo pacto foi o nome dado à série de programas implementados na América entre o governo do Presidente Franklin Roosevelt com o objectivo de voltar a reaver a economia norte-americana, e assistir aos prejudicados pela depressão causada.
ONG:As Organizações não governamentais (também chamadas de organizações não governamentais sem fins lucrativos), também conhecidas pelo acrónimo ONG, são associações do terceiro sector, da sociedade civil, que se declaram com finalidades públicas e sem fins lucrativos, que desenvolvem acções em diferentes áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para melhorar determinados aspectos da sociedade.
Plano Marshall:Programa norte-americano destinado a recuperar as economias dos países do ocidente e sul da Europa abaladas com a Segunda Guerra Mundial. Foi anunciado em Junho de 1947, pelo Secretário de Estado George Marshall, o objectivo dos EUA era criar condições às nações europeias para o estabelecimento da democracia (travando assim o avanço para ocidente da influência soviética) e tornar dependentes dos EUA as economias da Europa
Quinta-feira negra:A Quinta-feira negra é o dia em que se dá o “crash” da bolsa em Nova Iorque, em 1929. O “crash” originou uma grave crise económica e grandes tensões sociais por parte de toda a população. Nessa Quinta-feira, milhares de accionistas ficaram na ruína, pois o poder de compra e de consumo diminuíra significativamente! As dívidas de muitos destes accionistas acabou por promover a crise para a banca, levando numerosos bancos e empresas à falência. Tudo isto aumentou o desemprego de uma forma muito rápida o que acabou por provocar fome e más condições de vida em grande parte da população.
Sovietes:Conselhos populares formados por causa da Revolução de 1905 e que se multiplicaram depois a Revolução de Fevereiro.
Terrorismo:Terrorismo consiste no uso de violência, física ou psicológica, por homens, ou grupos políticos, contra uma população ou governo, com o objectivo de fazer o maior número de vítimas possível. Também é uma forma de protestarem contra algo que não acham correcto, ou, que vá contra a sua cultura. Actualmente o terrorismo tem sido usado não só para danos físicos mas também psicológicos que obtêm sobre o público e sobre a imprensa. Os terroristas normalmente indevidos dos países mais pobres, com uma cultura mais conservadora e também por o seu país se encontrar em guerra.
Taylorismo:Sistema de organização do trabalho, criado por Taylor, e que pretende obter, com a maior economia de tempo e de esforço, o máximo em produção e rendimento.
Totalitarismo:Sistema político autoritário e personificado na figura do chefe de Estado. O o Estado é absoluto, ao qual todos os outros valores estão subordinados, e o detentor de todas as formas de poder: político, económico, cultural e religioso. OO Estado é confundido com a totalidade da realidade social.
Tratado de Versalhes:Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial. Após seis meses de negociações, em Paris, o tratado foi assinado como uma continuação do armistício de 1918. O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha, considerada responsável pelo deflagrar da guerra, se desarmasse e fizesse reparações a um certo número de nações da Tríplice Entente.
Wall Street:Wall Street é uma rua de Manhattan que é considerada o coração histórico do actual Distrito Financeiro da cidade de Nova Iorque, onde se localiza a bolsa de valores de Nova Iorque, a mais importante dos Estados Unidos e uma das mais importantes do mundo. Foi nesta rua que milhares de pessoas se juntaram na manhã de 24 de Outubro de 1929 à espera das notícias da bolsa (crash de 1929).
Xenofobia:Xenofobia é o medo natural ou uma fobia que o ser humano normalmente tem ao que é diferente ou o que não seja natural. Xenofobia é também um distúrbio psiquiátrico ao medo excessivo e descontrolado ao desconhecido ou diferente. É uma palavra ainda usada num sentido amplo referindo-se a qualquer forma de preconceito, racial, a um grupo ou cultural. Apesar de ser aceite, este significado gera confusões, associando xenofobia a preconceitos, levando a crer que qualquer preconceito é uma fobia.
Yalta (conferência):A Conferência de Yalta (1945) entre os três senhores do Mundo – Roosevelt, Churchill e Estaline – foi a mais famosa de todas as conferências da Segunda Guerra Mundial, pois nela deu-se a partilha do mundo entre os Três Grandes, nas vésperas da vitória final dos Aliados sobre as forças do Eixo. As decisões que foram tomadas naquela ocasião tiveram efeitos directos e duráveis sobre povos e nações do mundo inteiro nos 50 anos seguintes.