terça-feira, 31 de agosto de 2010

ESPAÇO: CARTOGRAFIA-MAPAS

CARTOGRAFIA (MAPAS)
Noções básicas
A cartografia — a técnica e a arte de produzir mapas — é a linguagem da Geografia. Mapas físicos, políticos e temáticos revelam os aspectos visíveis da paisagem ou as fronteiras políticas, espelham projectos de desenvolvimento regional ou contribuem para organizar operações militares.
As tentativas de cartografar o espaço geográfico remontam aos povos antigos, que já registavam elementos da paisagem e fixavam pontos de referência para seus deslocamentos e expedições. A cartografia se desenvolveu paralelamente ao comércio e à guerra, acompanhando a aventura da humanidade.
Actualmente, a produção de mapas emprega técnicas sofisticadas, baseadas nas fotografias aéreas e em imagens obtidas por satélites de sensorialmente remoto. Mapas são fontes de saber e de poder.
Os mapas e cartas geográficas correspondem a instrumentos fundamentais da linguagem e da análise geográficas. Eles têm uma função primordial: conhecimento, domínio e controle de um determinado território. Por isso, são fonte de informações que interessam a quem tem poder político e económico.
Elementos principais de um mapa
Todo bom mapa deve conter quatro elementos principais: título, escala, coordenadas geográficas e legenda. Esses elementos asseguram a leitura e a interpretação precisas das informações nele contidas.
TÍTULO
Descreve a informação principal que o mapa contém.
Um mapa com o título “Brasil físico” deve trazer o nome e a localização dos principais acidentes do relevo, assim como os principais rios que cortam o país. Já um mapa com o título “Brasil político” necessariamente terá a localização e o nome das unidades federativas, assim como as suas respectivas capitais e, eventualmente, outras cidades principais.
Outras informações que esses mapas porventura contiverem, como as principais cidades num mapa físico ou os rios mais importantes num mapa político, são consideradas secundárias e, portanto, não devem ser sugeridas no título.
ESCALA
Indica a proporção entre o objecto real (o mundo ou uma parte dele) e sua representação cartográfica, ou seja, quantas vezes o tamanho real teve de ser reduzido para poder ser representado.
Consideremos o seguinte exemplo: um mapa na escala 1:10.000.000 indica que o espaço representado foi reduzido de forma que 1 centímetro no mapa corresponde a 10 milhões de centímetros ou 100 quilómetros do tamanho real.
Deve-se estabelecer a escala de um mapa antes de sua elaboração, levando-se em conta os objectivos de sua utilização. Quanto maior for o espaço representado, mais genéricas serão as informações. Em contrapartida, quanto mais reduzido o espaço representado, mais particularizadas serão as informações.
Mapas em diferentes escalas servem para diferentes tipos de necessidades:
Escalas númericas
• mapas em pequena escala (como 1:25.000.000) proporcionam uma visão geral de um grande espaço, como um país ou um continente;
• mapas em grande escala (como 1:10.000) fornecem detalhes de um espaço geográfico de dimensões regionais ou locais.
Por exemplo, em um mapa do Brasil na escala 1:25.000.000, qualquer capital de estado será representada apenas por um ponto, ao passo que num mapa 1:10.000 aparecerão detalhes do sítio urbano de qualquer cidade.
A representação das escalas cartográficas que usamos até agora é a numérica. Porém, existe uma outra forma de representar a escala: a forma gráfica.
A escala gráfica
aparece sob a forma de uma recta dividida em várias partes, cada uma delas com uma graduação de distâncias. A sua utilidade é a mesma da escala numérica.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
São linhas imaginárias traçadas sobre os mapas, essenciais para a localização de um ponto na superfície terrestre. Essa localização é o resultado do encontro de um paralelo e sua respectivalatitude (o afastamento, medido em graus, do paralelo em relação ao Equador) e de um meridiano e sua respectiva longitude (o afastamento, medido em graus, do meridiano em relação ao meridiano principal ou de Greenwich).
LEGENDAS
Permitem interpretar as informações contidas no mapa, desde a constatação da existência de um determinado fenómeno até os diferentes graus de intensidade em que ele se apresenta.
As legendas podem vir representadas por cores, símbolos ou ícones de diversos tipos, ou utilizar combinações dessas várias representações.
No uso de legenda com cores, é necessário seguir algumas regras determinadas pelas convenções cartográficas. O azul, por exemplo, presta-se para a representação de fenómenos ligados à água, como oceanos, mares, lagos, rios.
Na representação de um fenómeno com várias intensidades, a graduação da cor utilizada deve manter relação directa com a intensidade do fenómeno. Assim, num mapa de densidades demográficas, as maiores densidades são representadas por uma cor ou tonalidade mais forte do que as menores densidades.
Ao produzir representações cartográficas de fenómenos da natureza, as cores também podem sugerir as características do fenómeno. Em geral, os mapas climáticos utilizam as cores “quentes” (alaranjado, vermelho) para representar climas “quentes” (tropical, equatorial, desértico), ficando as cores “frias” reservadas aos climas mais frios.
Similarmente, os mapas de vegetação representam as florestas tropicais por meio de várias tonalidades de verde. Já nos mapas de relevo, a cor verde deve ser reservada para as planícies, bacias ou depressões, enquanto o amarelo é utilizado para os planaltos e o castanho, para as áreas mais elevadas, como as cadeias montanhosas.
A leitura de mapas
Ler mapas é um processo de descodificação, que envolve algumas etapas metodológicas básicas.
Inicia-se a leitura pela observação do título. Temos de saber, inicialmente, qual é o espaço representado, seus limites e as informações constantes no mapa.
Depois, é preciso interpretar a legenda ou a descodificação propriamente dita, relacionar os significantes e significados espalhados no mapa. Só então será possível reflectir sobre aquela distribuição e/ou organização.
Deve-se observar também a escala (gráfica ou numérica) indicada no mapa para posterior cálculo das distâncias ou das dimensões do fenómeno representado, a fim de se estabelecer comparações ou interpretações.
O EQUADOR
é um círculo máximo perpendicular ao Eixo da Terra [Eixo da Terra é alinha dos pólos «PN-PS» e que passa pelo centro da Terra] dividindo a terra em duas partes iguais, o hemisfério Norte e o hemisfério Sul.
PARALELOS
são todos os círculos menores, simultaneamente perpendiculares ao Eixo da Terra e paralelos ao Equador.
Para cada lugar da Terra passa um paralelo chamado
PARALELO DE LUGAR.
LATITUDE
é a distância, medida em graus, entre o equador e o paralelo que passa pelo lugar considerado.O valor da latitude varia entre 0º (no equador) e 90º nos pólos.
Ficha Informativa - Como Ler Um Mapa

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