Francisco dos Santos frequentou as aulas de Escultura de Simões de Almeida (tio), na Escola de Belas-Artes de Lisboa, partindo depois para Paris, onde frequentou o atelier de Charles Verlet, e, mais tarde, para Roma. Aí, em 1906, executou a estátua Crepúsculo (hoje no Museu do Chiado).Regressando a Portugal em 1909, participou, no ano seguinte, no concurso da Câmara Municipal de Lisboa para eleição do busto oficial da República portuguesa, do qual saiu vencedor.Em 1913 esculpiu Salomé, considerada a sua obra-prima (também no Museu do Chiado).Em 1915 e 1917 realiza Um Beijo e Nina (no mesmo Museu) e, em 1920, concebe Prometeu (no Jardim Constantino, frente à Assembleia Distrital de Lisboa).Da sua autoria são também a escultura mortuária Poeta para o túmulo de Gomes Leal (Cemitério do Alto de São João, Lisboa) e o Monumento ao Marquês de Pombal (na Praça do mesmo nome, em Lisboa), vencedor no concurso aberto para selecção do melhor projecto.
Conhecido por José Simões de Almeida (sobrinho) para se distinguir do seu tio (Mestre escultor José Simões de Almeida), o autor do busto português da República nasceu em Figueiró dos Vinhos em 1880 e faleceu em Lisboa em 1950.
Formou-se em Escultura em 1903, na Academia Real de Belas-Artes (depois Escola de Belas-Artes de Lisboa), onde foi aluno de seu tio e mais tarde professor de desenho e pintura.
Bolseiro da Academia Nacional de Belas Artes, estudou escultura em Paris e Roma.
Após a conquista da Câmara de Lisboa pelos republicanos nas eleições de 1 de Novembro, o novo presidente da Câmara, Anselmo Braamcamp Freire (1849 –1921), encomendou a Simões de Almeida (sobrinho) um busto para a República, que o escultor executou utilizando como modelo a jovem Ilda Pulga.
A República só teve símbolos oficiais em 1911 (e efígies republicanas nas moedas em 1912), razão pela qual esse busto marcou presença em diversos acontecimentos republicanos e cerimónias oficiais logo após o 5 de Outubro de 1910, com destaque para o funeral conjunto de Miguel Bombarda e de Cândido dos Reis (6 de Outubro de 1910), e granjeou a preferência de muitos lideres republicanos. Para o concurso nacional de 1910, Simões de Almeida apresentou uma proposta baseada nesse primeiro busto, com alterações suficientes para cumprir a exigência regulamentar de obras inéditas, mas rapidamente identificada pelo comum dos republicanos e a proposta vencedora do concurso nacional não teve aceitação popular. Encontra-se hoje exposta no Museu da República.
A representação tradicional da República foi inspirada na figura central de uma pintura panfletária de Eugène Delacroix (1798-1863), “A Liberdade Guiando o Povo” (1830). Neste quadro, o principal pintor do Romantismo francês mostra uma figura feminina com um barrete frígio, representando a Liberdade, destemida e determinada. Os seios descobertos, sem intuitos lascivos, exprimem a ideia de liberdade absoluta, contra os normativos morais vigentes. O barrete frígio, já utilizado na antiguidade pelos habitantes da Frígia (actual Turquia), foi adoptado pelo povo como símbolo revolucionário na tomada da Bastilha (1789) e tornou-se um dos principais símbolos da República Francesa.
A Liberdade imaginada por Delacroix em 1830 foi logo depois representada em busto por diversos escultores, reproduzida e reinterpretada ao longo dos anos e décadas, até ao presente. Manteve o ar decidido, o barrete frígio, cobriu-se o peito e acrescentou-se o ramo de loureiro triunfal ou a foice, simbolizando a abundância.
Na França, a figura que representa a República é conhecida desde sempre por Marianne.
A Liberdade imaginada por Delacroix em 1830 foi logo depois representada em busto por diversos escultores, reproduzida e reinterpretada ao longo dos anos e décadas, até ao presente. Manteve o ar decidido, o barrete frígio, cobriu-se o peito e acrescentou-se o ramo de loureiro triunfal ou a foice, simbolizando a abundância.
Na França, a figura que representa a República é conhecida desde sempre por Marianne.
As três propostas vencedoras (da esquerda para a direita):
Francisco dos Santos; Simões de Almeida; Júlio Vaz Júnior.
Francisco dos Santos; Simões de Almeida; Júlio Vaz Júnior.
Conhecido por José Simões de Almeida (sobrinho) para se distinguir do seu tio (Mestre escultor José Simões de Almeida), o autor do busto português da República nasceu em Figueiró dos Vinhos em 1880 e faleceu em Lisboa em 1950.
Formou-se em Escultura em 1903, na Academia Real de Belas-Artes (depois Escola de Belas-Artes de Lisboa), onde foi aluno de seu tio e mais tarde professor de desenho e pintura.
Bolseiro da Academia Nacional de Belas Artes, estudou escultura em Paris e Roma.
Após a conquista da Câmara de Lisboa pelos republicanos nas eleições de 1 de Novembro, o novo presidente da Câmara, Anselmo Braamcamp Freire (1849 –1921), encomendou a Simões de Almeida (sobrinho) um busto para a República, que o escultor executou utilizando como modelo a jovem Ilda Pulga.
A República só teve símbolos oficiais em 1911 (e efígies republicanas nas moedas em 1912), razão pela qual esse busto marcou presença em diversos acontecimentos republicanos e cerimónias oficiais logo após o 5 de Outubro de 1910, com destaque para o funeral conjunto de Miguel Bombarda e de Cândido dos Reis (6 de Outubro de 1910), e granjeou a preferência de muitos lideres republicanos. Para o concurso nacional de 1910, Simões de Almeida apresentou uma proposta baseada nesse primeiro busto, com alterações suficientes para cumprir a exigência regulamentar de obras inéditas, mas rapidamente identificada pelo comum dos republicanos e a proposta vencedora do concurso nacional não teve aceitação popular. Encontra-se hoje exposta no Museu da República.
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