quinta-feira, 11 de agosto de 2011

FILME:55 dias em Pequim

Na China de 1900, submetida à voragem das potências colonialistas, o bairro onde se localizam as embaixadas estrangeiras é atacado pelos boxers - guerrilheiros nacionalistas (como forte acento xenófobo) - que lutam contra os dominadores estrangeiros, com o apoio (oficioso) da imperatriz Tzu-Hsi.
O ataque serve de pretexto para que o país seja invadido por um exército internacional composto por ingleses, estadunidenses, franceses, russos, alemães, japoneses e outras nacionalidades. Segue-se uma feroz repressão, com várias execuções públicas.
O filme de Nicholas Ray (que se reserva o papel de cônsul norte-americano) é uma ode às "razões do Colonialismo". Nele, os colonialistas são os heróicos defensores da Civilização, os chineses (construtores de uma cultura milenar) são um povo atrasado e inferior, e os boxers não passam de bandidos "terroristas".
O ultraconservador, Charlton Heston, está à vontade no papel de um militar estadunidense, que se apaixona por uma aristocrata russa (a bela Ava Gardner), mas a rejeita por ela ter cometido o "sacrilégio" de dormir com um chinês. Leo Genn, que foi Petrônio em "Quo Vadis", aparece caracterizado como chinês, enquanto David Niven encarna o polido embaixador britânico.

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